Lá se vão 133 anos de emancipação e 73 anos desde que a nossa amada terra deixou de ser a Vila de Juquery. Já era tempo para que nossa gente não fosse mais confundida com os pacientes do hospital psiquiátrico da cidade vizinha. Felizmente os anos 40 guardaram como missão ao primeiro prefeito eleito: Bento Oliveira Nascimento, que dá nome a praça da igreja matriz, e ao então presidente da Câmara Municipal, Senhor Lamartine de Albuquerque Passarella, dar início as discussões para a mudança de nome.
Nascia então o Projeto de Resolução nº 3/1948 que abriu o precedente para um histórico plebiscito. Sugestões como: Monte Castelo e Tupançi foram apresentadas, mas coube ao poeta J. G. de Araújo Jorge a honra de sugerir o nome aclamado pelo povo na esquina entre a Avenida Antônio de Oliveira e a Rua Coronel Fagundes. Desde o primeiro dia de janeiro de 1949 passamos a ser: Mairiporã. De origem indígena, do idioma ‘’Tupi-Guarani’, a palavra Mairiporã é constituída pelo substantivo ‘mairi’ e pelo adjetivo ‘porã’, que remetem etimologicamente a divindades protetoras indígenas e a referência a um local bonito e aprazível, respectivamente.
A luta desses homens públicos e a dos mairiporanenses que nos precederam, permitiram que a gente se acostumasse a apelidar a cidade como: “Aldeia Pitoresca” ou simplesmente “Cidade Bonita”. O século XXI está nos reservando novas conquistas e chegou o momento de atribuirmos a amada Mairiporã, o que a princípio pela Lei Estadual n°16.566 de 01 de novembro de 2017 e agora pela Lei Estadual n°17.469 de 13 de dezembro de 2021 consolidou: Município Turístico.
As belezas naturais do nosso território encrustado ao pé da serra vão se transformando em um polo esportivo, gastronômico, cultural e turístico que nos enche de orgulho e torna a comemoração deste ano ainda mais especial.
Feliz Aniversário!
Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb
