Nelson Mota e Lulu Santos compuseram “Como uma onda” e logo no primeiro verso apontam que “nada do que foi será do jeito que já foi um dia”. Tipo de canção que não envelhece e que renasce no tempo. De fato as coisas mudam e precisam estar em constante mudança. Mudar é difícil e não mudar é fatal.
Basta se acomodar que alguém mais jovem e mais audacioso inevitavelmente passará a frente. Por essa razão é imprescindível assumir um protagonismo no mundo, para não passar a existência relacionando o sucesso ou pior, o insucesso a posição dos astros no dia do nascimento.
As coisas mudam quanto a gente age diante da vida, movimenta as peças do jogo e traça novas estratégias a cada desafio. Estamos sempre por um fio e todos somos igualmente frágeis. Grandes tragédias chegam por pequenos descuidos e vale para todos.
Duro quem fica achando que algo dá certo ou errado por causa do seu signo e vive justificando tudo por meio de um pensamento mágico, quando na verdade deveria estar preocupado em trabalhar. O trabalho sim, esse é o grande fator que pode implicar em sorte ou azar.
Já que a morte cedo ou tarde encontrará a todos, bobagem atribuir a crença no destino o poder de nos guiar ou controlar. Se não há como impedir a morte, então ao menos que entre o nascimento e ela, a gente se ocupe em controlar o que é possível, aproveitando bem o caminho. O esforço faz a diferença, mais que vocação ou simplesmente destino.
Quando olho para mim mesmo, descubro o quanto eu posso interferir com aquilo que estou fazendo com meu corpo, com meu tempo, se estou ao lado de quem realmente me faz bem. Reflexões para que pensemos que a vida é rápida e passageira demais para ocupações com mediocridade.
Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb