O que vai nos movendo é sempre o que ainda vem em frente. O que já alcançamos torna-se sempre um ponto de partida. Aquilo que não temos, nos impulsiona para o próximo passo. É humano que a gente não se contente e logo após conquistar algo material, já queiramos outra coisa. No entanto, é preciso não apenas lutar por conquistas materiais, mas também correr atrás de sonhos.
Neste período pandêmico fomos descobrindo pessoas famosas que estão com as garagens cheias de carros novos, são proprietários de tantos bens e ganham milhões por mês, mas, no entanto, adoeceram por não ter encontrado o que verdadeiramente gritava dentro delas e que pudesse fazer feliz. Ser humano é conviver com os desconfortos. Não é o que temos que nos sustenta e o que nos move, é sem dúvida o que ainda está ausente.
A relação com Deus é semelhante, pois o que conhecemos dele são justamente as pegadas de sua ausência, que embora pareça contraditório, nos demonstra que há um intervalo que estabelece um importante mistério. Se a gente se acomodasse no que já sabemos, não faria sentindo continuar falando sobre Ele, pois bastaria. A essência da fé é não saber sobre o desconhecido e mesmo assim, cuidar e acreditar nele. Se já soubéssemos tudo, não precisaríamos da fé.
Acreditar que pode dar certo, me levou a realizar esse sonho de publicar um livro. Não serei mais o mesmo, posto que muita coisa estará exposta para sempre e começando pelo quintal de casa. Tantas tristezas e alegrias vão ser encontradas naquelas linhas que costurei e claro que vai valer a pena.
Se você leitor, possui algum desejo ainda, algum sonho íntimo que descobriu que pode te mover, não perca tempo. Aproveite enquanto pode respirar, articular palavras e enquanto acorda vendo o sol pela janela. Só será tarde quando não mais estiver aqui.
Seja qual for a idade ou condição, vale a pena buscar.
Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb
