Antigos problemas referentes ao nosso trânsito continuam firmes e fortes. E datam desde sempre. A cidade evolui em quase todos os sentidos, porém nesse particular o que se vê é um retrocesso.
Embora o prefeito Aladim esteja no cargo há pouquíssimo tempo, e tem tido boa avaliação em várias áreas da administração, precisa cobrar mais sobre a mobilidade urbana.
Diariamente me deparo com questões até banais no trânsito, mas que não deveriam ser toleradas: motoristas que estacionam em vagas para idosos e deficientes, que não respeitam a faixa de pedestre – e que por isso colocam as vidas das pessoas em risco, param em locais proibidos, caminhões que circulam pelas ruas centrais e até aqueles que extrapolam o limite de velocidade.
É preciso que o Departamento de Trânsito vá às ruas, à pé, para coibir os abusos e punir os infratores. De nada adianta as viaturas do trânsito circularem pelas vias, se não colocam fim aos mal feitos. Há sim, há muitos motoristas que descumprem a lei, que sal mão educados e gostam de ‘levar vantagem’. É essa situação que precisa ser contida, o que não ocorre se os integrantes do trânsito continuarem andando confortavelmente em suas viaturas.
Andar à pé, fiscalizar ruas e avenidas é o que se recomenda para um bom desempenho. Sem isso vamos continuar a assistir toda sorte de infrações e, pior, que nunca são punidas.
O nosso sistema viário já tem problemas de sobra devido aos muitos veículos e um número diminuto de ruas, e não precisa que o trânsito dê sua efetiva colaboração para piorar ainda mais a situação, como acontece há muito, repito, muito tempo.
Se essa permissividade continuar, se a inexistência de punição seguir pelo mesmo caminho, nosso trânsito vai continuar caótico.
Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988
