Coluna do Correio

FRASE

“O cinismo consiste em ver as coisas como realmente são, e não como deveriam ser.” (Oscar Wilde, escritor, poeta e dramaturgo irlandês)

ÔNIBUS (I)

A questão relativa ao transporte urbano em Mairiporã requer urgência por parte do poder público em sanar os problemas, que são muitos e ocorrem de forma crescente. Linhas descontinuadas e horários cancelados são a parte que afeta trabalhadores que saem de casa para trabalhar e pessoas com compromissos em diferente setores, como consultas e exames médicos e não tem como chegar a seus destinos. Internamente, a empresa responsável pelo serviço parece não ter capacidade de honrar compromissos com seus funcionários.

ÔNIBUS (II)

Sabe-se, nos bastidores, que a Prefeitura tem encontrado dificuldades em convencer empresas a assumirem o serviço, emergencialmente ou através de licitação. Dezenas de donos de ônibus declinaram do convite, o que significa um problema ainda maior na busca para atender a população.

RESPONSABILIDADE (I)

Os responsáveis pela situação do transporte urbano em Mairiporã, vereadores reeleitos e ex-vereadores, estão calados, quietos, não tocam no assunto. Celebraram com pompa e circunstância a mudança em agosto do ano passado, juntamente com o prefeito à época, Antônio Aiacyda, e quem sofre são os usuários do transporte coletivo, os que precisam de ônibus.

RESPONSABILIDADE (II)

Qualquer criança com um mínimo de conhecimento matemático sabia que a mudança eleitoreira, que atendia a interesses inconfessáveis, não poderia dar certo. Se com a cobrança da tarifa a R$ 4,70 as dificuldades da empresa operadora eram enormes, imagine-se a substituta aceitando reduzir o valor para R$ 4,45. Não poderia funcionar, como não funcionou. Os irresponsáveis que patrocinaram a mudança, também sabiam.

CINISMO

O problema criado por vereadores reeleitos (os não reeleitos são carta fora do baralho, mas não menos culpados) caiu como ‘herança maldita’ no colo do prefeito Aladim, que assumiu em janeiro deste ano. E esses mesmos vereadores continuam a frequentar o principal gabinete do Palácio Tibiriçá. Se comportam como se o transporte urbano estivesse às mil maravilhas. Cinismo exacerbado, elevado à potência máxima.

ETM

Até onde a coluna tem conhecimento, a Empresa de Transportes Mairiporã (ETM), que realizava o serviço há mais de 30 anos e foi tirada em agosto de 2020, mudança político-eleitoreira para facilitar a vida daqueles que estavam no poder, não demonstra nenhum interesse em retomar o serviço.

EXPECTATIVA

Pais, mães e em especial as crianças, aguardam com expectativa a retomada das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Este ano alunos ainda não pisaram nas unidades escolares e a ausência de contato entre os estudantes é considerada prejudicial pelos especialistas. A data de 14 de junho foi fixada pela Prefeitura para a retomada. Nas escolas particulares, o retorno se deu com a observância de 35% no total de ocupação.

COBRANÇA

A vereadora Leila Ravázio, na sessão legislativa desta semana, disse que as pessoas tem feito cobranças a ela, deixando nas entrelinhas que há críticas quanto ao trabalho dos parlamentares. Quem bom que a vereadora tem sido cobrada, pois a maioria de seus pares não é procurada para coisa nenhuma, nem para ser criticada, pois conhece-se como atua.

DEPUTADOS

A via sacra de deputados a Mairiporã, conforme registrado pela coluna na semana passada, segue intensa. Dois parlamentares federais, em busca da reeleição, estiveram no Palácio Tibiriçá esta semana, mas para sorte da cidade, comunicaram a liberação de recursos que somam R$ 1 milhão, destinados a obras de infraestrutura e custeio da Saúde. Merecem ser citados pelo auxílio: Vanderlei Macris e Bruna Furlan.

SEM FOGOS

Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo decidiram, na quarta-feira (19), pela proibição da queima, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício e demais artefatos pirotécnicos com estampido dentro do Estado. O texto substitutivo do Projeto de Lei 369/2019 – de autoria do deputado Bruno Ganem (Podemos) e coautoria da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) – foi aprovado em plenário com 52 votos favoráveis, seis contrários e duas abstenções, e exclui da regra os produtos com efeitos sonoros fabricados em São Paulo, mas comercializados em outros Estados. O armazenamento e transporte desses artefatos também continuam permitidos, desde que façam parte do processo de logística e comercialização reservados a outras regiões. Já os fogos que produzem apenas efeitos visuais, sem ruído, permanecem legais.

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

Das 644 prefeituras fiscalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), 561 – um porcentual de 76% – apresentaram um quadro que indica comprometimento na gestão orçamentária. O cenário integra relatório do TCE com a relação dos entes fiscalizados que receberam algum tipo de alerta previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).