A cada eleição para escolha de deputados Mairiporã vive o drama de não ter um representante na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados em Brasília. E não tem por dois motivos: 1) não tem um colégio eleitoral suficiente (55 mil eleitores) para eleger pelo menos um deles, e 2) pulveriza o voto em candidatos desconhecidos e que nunca ouviram falar de Mairiporã. Só sabem da sua existência a cada quatro anos.
Essa prática de dar votos a centenas de paraquedistas é altamente lesiva aos interesses da população e da cidade, mas ainda assim continua a ser praticada pelos mairiporanenses. Afinal, poucos tem consciência política e, como dizia Nelson Rodrigues, vão tomar conta do mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade.
Se sozinhos não temos cacife de eleger deputados, ao menos temos a opção de votar naqueles que ajudam e ajudaram Mairiporã nos últimos tempos, com polpudas emendas parlamentares, usadas, e muito bem pelo prefeito, em obras de infraestrutura e na solução de problemas que pareciam eternos.
O eleitor deve ser agradecido a quem ajuda, pois é através dessas emendas que a cidade está sendo transformada em busca de mais desenvolvimento. A parte que cabe ao prefeito está sendo feita com brilhantismo, ou seja, vai atrás de deputados e outras áreas governamentais em busca de dinheiro que faz a diferença no conjunto da obra, pois o orçamento, pura e simplesmente, é insuficiente paras as demandas de uma cidade que cresce demograficamente acima da média da maioria dos municípios.
Votar nos paraquedistas, nos parasitas que aqui chegam pelas mãos de gente compromissada apenas com os seus interesses pessoais, é penalizar a população que tanto precisa de educação, saúde, trabalho e renda. O momento é o de valorizar deputados que ajudam Mairiporã e, alguns, em pleitos passados, tiveram pouquíssimos votos. Mesmo assim, seguem comprometidos com a nossa gente.
Hora do eleitor dar um basta nos forasteiros políticos porque o amigo e os parentes pediram, o patrão e o líder religoso sugeriram ou simplesmente pela ignorância política. Em tempos de informação plena, abundante, é inaceitável que picaretas sigam levando os votos de uma comunidade que lhes é desconhecida.