A tentativa do prefeito Antônio Aiacyda de uma vez mais empurrar ‘goela’ abaixo decisões que reputa de seu interesse, não funcionou com relação ao projeto que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o funcionalismo municipal. O texto tem inúmeras inconsistências, tira uma série de benefícios (abono, sexta parte, anuênios, etc) e o que a princípio pode parecer um ganho inicial no salário, se perde mais adiante.
Os funcionários também já começaram a recolher mais à Previdência, que passou de 11% para 14%, ou seja, um dos mecanismos que retiram os ganhos dos salários. Há ainda questões ligadas à licença-prêmio e a evolução na carreira.
Reuniões foram agendadas pelos vereadores com servidores e o Sindicato, que não configurou audiência pública para debater as propostas. O correto era discutir o documento da forma mais ampla possível, e tirar todas as dúvidas.
O projeto, que seria votado na sessão de ontem, só vai voltar à discussão em janeiro. O pensamento do prefeito é que ele passe a vigorar em fevereiro. Os funcionários, no entanto, precisam se cercar de todo conhecimento possível a respeito da matéria, para que não se vejam prejudicados anos mais tarde. Uma das alternartiva seria pedir o auxílio do Ministério Público, pois trata-se de questão que envolve o governo como um todo.
Passado – Em 2012, quando estava de saída da Prefeitura e sua candidata a prefeito tinha perdido nas urnas, Aiacyda fez aprovar, de afogadilho, um Plano de Cargos, Carreiras e Salários cuja vigência não durou um mês.
Ao assumir o governo, o então prefeito Márcio Pampuri revogou o documento, pois estudos apontaram que daquela forma o impacto financeiro não seria suportado pelo Executivo.
Portanto, a ordem é estar atento e buscar o máximo de informações possível. Tarefa que também deve ser partilhada com o Sindicato e seu corpo jurídico.