Todas as mídias vão engrossar, neste final de semana, o mantra de que é importante votar na escolha dos representantes nas esferas governamentais, que quem não cumpre com essa obrigação deixa a democracia de lado, e o blá blá blá vai longe. Isso já foi dito quando o voto direto foi retomado, quando governantes de direita, de centro e de esquerda passaram pelo poder e o resultado foi um País destroçado, vilipendiado, roubado, reduzido a uma daquelas republiquetas de banana que temos aos montes em todo o continente americano.
Fala-se em votar com consciência, que a responsabilidade do voto em eleições livres e amplas é de sua importância, que a escolha criteriosa dos candidatos é o melhor para o regime democrático e que vale a pena todo o esforço do eleitor para conhecer quem merece o voto.
Que escolha restou ao eleitor, se 90% dos candidatos são os mesmos que levaram o País à crise moral, intelectual, social e financeira? O que vai mudar a partir de 2019, com a reeleição de uma horda de bandidos, ladrões, corruptos e vagabundos que a cada quatro anos se locupletam do dinheiro público?
Fica a quase certeza que democracia, neste País, virou sinônimo apenas e tão somente de voto direto. Reduziram o significado de democracia a voto direto.
É nosso dever perguntar:
1) Acaso quem precisou democraticamente de vagas em hospitais foi atendido? Quem teve sorte extrema conseguiu morrer nos corredores hospitalares.
2) Explicaram democraticamente a 14 milhões de brasileiros porque estão sem emprego e como sustentar suas famílias?
3) Têm explicação democrática para a queda permanente nos índices da Educação? Brasileiros não sabem somar, nem dividir, mas os políticos adoram subtrair e multiplicar.
4) Evitaram democraticamente que milhares de brasileiros morressem assassinados? Cidadãos de bem presos em casa e bandidos soltos.
5) Prenderam de forma democrática todos os políticos safados deste País? Não! Muitos são candidatos.
Nas eleições de 2010, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandoswki, disse textualmente: “Não se deixe iludir por promessas vazias ou publicidade enganosa; não troque o seu sagrado direito de votar por alguma vantagem pessoal ou para alguém que lhe é próximo. O bem-estar da coletividade não tem preço”. Bonito, né? Alguém deixou de se iludir? Alguém deixou de levar vantagem pessoal? Alguém pensou no bem-estar da coletividade?
Nem em 2010, muito menos em 2014 e menos ainda agora, no domingo. Apenas como informação: 90% dos candidatos estão envolvidos em falcatruas, respondem a processo, estão condenados, mas seguem firmes para gozar dos benefícios que os cargos eletivos ensejam.
De volta ao tema, até domingo a conversa é voto consciente, exercício de cidadania, votar é fundamental para fortalecer a democracia e a todos é sagrado o direito de escolher nossos representantes, afinal, isso foi uma das maiores conquistas democráticas. Depois das eleições, a democracia e os direitos são para poucos, os deveres e as obrigações, principalmente a de sustentar essa corja, são de todos.
A quem ainda tem estômago para aguentar políticos, BOM VOTO!