A cara de pau dos políticos é algo assombroso. E não tem limites. O prefeito Antônio Aiacyda divulgou dias antes da eleição um vídeo em que pedia o voto dos mairiporanenses para Geraldo Alckmin, candidato a presidente. Não demonstrou qualquer constrangimento com a mensagem que tentou passar e até leu direitinho o que foi escrito por algum assessor.
Ficaria horas aqui falando sobre Geraldo Alckmin e as razões pelas quais não se deveria votar nele, como de fato a cidade não votou. Foi a derrota mais humilhante que o PSDB de Mairiporã sofreu. Mas o foco é outro. O prefeito adquiriu o nefasto hábito de pedir votos a políticos tucanos e vendê-los como se fossem ‘salvadores da pátria’. Foi assim com Alckmin em eleições anteriores, com José Serra, e em 2014 com dois candidatos a deputado que, sinceramente, nunca tinha ouvido falar: Fernando Capez e Miguel Haddad. Por sorte, principalmente a nossa, nenhum deles foi eleito. E fui pesquisar. O primeiro era Promotor Público e o segundo ex-prefeito de Jundiaí. Quando eleitos em 2014, se esqueceram de Mairiporã e dos votos, que foram muitos, e que no domingo último faltaram.
Pois é caros amigos e leitores. O prefeito voltou a pedir votos para Geraldo Alckmin, e não se eximiu de criticar os adversários. Com uma postura meiga, rosto angelical, quase que em tom de súplica, rogou aos eleitores que votassem no ex-governador. Acho que por sorte ou obra divina, o picolé de xuxu, como Zé Simão da Folha de S. Paulo apelidou o tucano, não emplacou. Depois de 16 anos como governador, estive entre os milhões de brasileiros que ajudaram a lhe proporcionar a merecida aposentadoria. Coisa que também espero que o senhor Antônio Aiacyda faça ao final do seu mandato.
Afinal, nunca é demais lembrarmos daquele bom e velho ditado: “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”.