VI – BALANÇO (final)

Saber Fazer e Fazer Saber – década de 1990

2- Há na cidade um grande número de escolas hípicas e seus mentores (se é que conheço o espírito dos centauros) estão prontos para participar do projeto. Outros promovem aqui as trilhas (a cavalo, de moto, de bicicleta, de jipe, a pé, etc.) e poderiam coroar tais práticas dentro de um evento marcante. A Represa oferece oportunidade para diversos esportes náuticos, assim como o Pico do Olho D’Água é apropriado para alguns esportes radicais, inclusive aéreos. Sem contar que os clubes, as academias, as empresas e os estabelecimentos de ensino possuem equipamentos para a natação, o tênis, a bocha, o vôlei, o judô, o futebol, o atletismo e outros, que um recenseamento logo revelaria. Esse megaevento mobilizaria a juventude e toda a população local para as práticas recreativas, caminhadas, passeios a pé e ciclísticos e para os esportes mais populares e poderia ainda trazer para cá inúmeros benefícios em termos sociais, culturais e econômicos. A apoteose, naturalmente, continuaria a ser reservada para a tradicional Festa da Primavera, no mês de outubro. Outro ponto para análise é o referente às festas natalinas com as promoções de vendas. Parece-nos que as do ano findo (ar*1994) foram um sucesso mas talvez pudessem ser unificadas e terem como complemento manifestações culturais próprias para a época, como os corais, a interpretação de autos natalinos e outros tipos de shows.
3- O alto verão coincide com as férias e as populações vizinhas, especialmente de Guarulhos e de São Paulo (mas também de Franco, Caieiras, Cajamar, Morato…) procuram as margens da Represa Paiva Castro. Ocorre que não há infra-estrutura adequada para a recepção a esses turistas e o que se viu foi uma total devastação dos pontos mais freqüentados, como a Prainha e arredores e a região do Rio Abaixo, não só em torno da Ponte mas em toda a extensão da Estrada do Governo e da Estrada de Santa Inês. As noites foram alegres e descontraídas e os próprios comerciantes do setor de bares e restaurantes reconhecem que o movimento foi maior que o de outros anos. A circulação de jovens e de famílias inteiras foi uma constante durante os meses de janeiro e fevereiro, e maior ainda no carnaval. Cabe perguntar: atendemos bem? será que impressionamos o suficiente para que essas pessoas voltem mais vezes? estamos preparados para receber até quantos visitantes? Um balanço precisa ser feito para que se possa saber com mais exatidão como foi o desempenho da cidade nessa primeira temporada do Real. Se soubermos interpretar os fatos, poderemos perenizar o que parece ser a grande vocação da Aldeia Pitoresca. E continuar no mesmo ritmo no próximo tempo (outono-inverno), com a Semana Santa, Corpus Christi, férias de julho, etc., e que já pode ter uma primeira motivação com a comemoração do aniversário da antiga Juquery.
(*) ar-ano de referência