‘Vestibular’ da Câmara de Mairiporã tem 26 candidatos por vaga

O vestibular eleitoral 2020, que vai eleger os 13 vereadores que vão estar do Legislativo de Mairiporã entre 2021 e 2024, no dia 15 de novembro, tem 26 candidatos por cada vaga. São 248 políticos inscritos na disputa.

Na eleição de 2016, foram 251 candidatos para as mesmas 13 vagas – pequena redução de três vereadores (1,20%).

Em um comparativo com o último vestibular da Fuvest, o mais disputado do Brasil, esse número de candidatos por vaga se iguala à disputa pelo curso de Artes Visuais, 14ª graduação mais concorrida da USP.

Sem coligação – Para ser aprovado nesse vestibular, o candidato não conta mais com a ajuda de puxadores de votos de outros partidos. O fim das coligações na eleição proporcional foi aprovado pelo Congresso Nacional por meio da reforma eleitoral de 2017. Com isso, o candidato a uma cadeira na Câmara Municipal somente poderá participar do pleito em chapa única dentro do partido ao qual é filiado.

Na eleição proporcional, é o partido que recebe as vagas, e não o candidato. No caso, o eleitor escolhe um dos concorrentes apresentados por um partido. Estarão eleitos os que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% do Quociente Eleitoral (QE), tantos quantos o respectivo Quociente Partidário (QP) indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.

O QE é determinado pela divisão da quantidade de votos válidos apurados pelo número de vagas a preencher, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a 0,5, ou arredondando-se para 1, se superior.

A partir daí, analisa-se o QP, que é o resultado do número de votos válidos obtidos pelo partido dividido pelo QE. O saldo da conta corresponde ao número de cadeiras a serem ocupadas.

As vagas não preenchidas com a aplicação do QP e a exigência de votação nominal mínima serão distribuídas entre todos os partidos que participam do pleito, independentemente de terem ou não atingido o QE, mediante observância do cálculo de médias.

A média de cada legenda é determinada pela quantidade de votos válidos a ela atribuída dividida pelo respectivo QP acrescido de 1. À agremiação que apresentar a maior média cabe uma das vagas a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima.

Por fim, depois de repetida a operação, quando não houver mais partidos com candidatos que atendam à exigência de votação nominal mínima, as cadeiras deverão ser distribuídas às legendas que apresentem as maiores médias.

Os partidos com maior número de postulantes às 13 vagas na Câmara, são o PSDB (20), PL (20), DEM (20), PATRITOA (20), PSD (20), REPUBLICANOS (20), PSB (20). Na sequência aparecem PTB (19) e PSL (18).

Partido mais tradicional na cidade, que disputa eleições desde 1976, o MDB ficou de fora este ano. Políticos que há anos militavam na agremiação se inscreveram em novas siglas.

Legenda:

Com salários próximos de R$ 9 mil, cadeira de vereador leva à disputa acirrada entre candidatos este ano

Crédito:

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