A SESSÃO da Câmara programada para a próxima terça-feira promete esquentar os bastidores da política local. Serão colocados para discussão e votação dois projetos considerados importantes: o da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que vai balizar o Orçamento do Município para 2018, e as contas do ex-prefeito Márcio Pampuri, relativas ao exercício de 2014.
Embora importante para o próximo ano, a LDO deve passar sem maiores problemas e, conforme informações obtidas pela reportagem, tem apenas uma emenda apresentada, que faz menção ao texto dado pelo Executivo a um dos artigos.
No caso das contas do ex-prefeito, mesmo com aprovação obtida no Tribunal de Contas do Estado, ela pode, por força política e interesses de seus adversários, ser rejeitada, o que o tornaria inelegível.
Essa prática em Mairiporã não é novidade. Em 2001, na gestão do ex-prefeito Jair Oliveira, mesmo com parecer favorável do Tribunal, o ex-prefeito Sarkis Tellian sofreu derrota em plenário e acabou impedido de disputar as eleições de 2004. Só conseguiu reverter o veredito no Judiciário e nem soube da sentença, pois já havia falecido.
No ano passado, Antônio Aiacyda também se viu colocado como inelegível, pois as contas relativas a 2012, mesmo aprovadas no Tribunal, também sofreram rejeição. Mas, por imperícia do presidente da Câmara, Marcinho da Serra, conseguiu anular a sessão na Justiça, pois não lhe foi dado amplo direito de defesa.
Votos – Nas eleições do ano passado, o ex-prefeito Márcio Pampuri elegeu Marcinho da Serra, Chinão Ruiz, Valdeci América, Nil Dantas, Alexandre Boava e Nando Ribeiro. Esses votos seriam suficientes para aprovar suas contas.
Nos bastidores do Palácio Tibiriçá, no entanto, não há garantia de que ele consiga esse número de parlamentares, pois a maioria aderiu ao novo chefe do Executivo.
