DURANTE os trabalhos legislativos de terça-feira, 12, inúmeros vereadores fizeram referência em relação à inadimplência dos contribuintes com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que em Mairiporã chegou a 50%. Ou seja, metade paga e a outra não. O número é expressivo e, se verdadeiro, um problema que não parece de fácil solução.
O governo Aiacyda, bem ao seu estilo, não se digna a explicar quais são os motivos que levam a população a não pagar esse tributo, o mais importante do orçamento anual em se tratando de receita própria.
Estima-se que a dívida ativa do município esteja hoje em torno de R$ 350 milhões, montante superior ao previsto no orçamento de todo este exercício, de R$ 255 milhões.
A tendência, segundo analistas ouvidos pela reportagem, é que essa situação se torne ainda pior, pois o Executivo dá a sua efetiva contribuição para que os cidadãos não se sintam entusiasmados a pagar, pois não dizem não ser atendidos em suas demandas. Também repudiam o número de apadrinhados e cabos eleitorais que foram contratados para funções comissionadas, que entendem como uma afronta ao dinheiro público, que poderia ser investido em áreas prioritárias que há anos têm problemas sem solução. Em pouquíssimo tempo a dívida saltou de R$ 60 milhões para o atual patamar, seis vezes maior.
Pagamento – Os contribuintes de Mairiporã têm até o dia 20, próxima quarta-feira, para efetuar o pagamento da primeira parcela do IPTU deste ano a aqueles que optaram pelo pagamento em até onze vezes.
Quem vai quitá-lo em cota única, com direito ao desconto de 5%, tem prazo até o dia 20 de março.
A Prefeitura lançou no orçamento uma receita de R$ 30,55 milhões com o tributo, porém a expectativa é que a arrecadação chegue a R$ 21,38 milhões, se mantida a média de inadimplência de 25% registrada nos últimos anos. Alguns setores do governo, no entanto, avaliam que esse percentual pode chegar ao dobro.
Foram entregues aproximadamente 49 mil carnês.