Vereador aponta que problema com a coleta do lixo é mais grave do que se imagina

Vereador Doriedson cobra explicações sobre a coleta de lixo e o contrato com a empresa

A SESSÃO de terça-feira da Câmara deixou implícito que a questão que envolve a empresa responsável pela coleta de lixo da cidade (Construban) e o contrato que mantinha com a Prefeitura, vai muito além da suspensão dos serviços de coleta dos resíduos.
Segundo o vereador Doriedson Freitas, o governo Aiacyda tem a obrigação de explicar tudo o que ocorreu, exibir o contrato com a empresa, as notificações e autuações contra ela (se foram ou não feitas), ou seja, explicar detalhadamente à opinião pública, pois a impressão que o prefeito passa é que ele e seu governo não estão preocupados com a população. O contrato assinado era de R$ 13 milhões.
Os motivos que levaram à suspensão da coleta não foram explicitados e segundo o vereador, há indícios de que a Prefeitura, que por força de lei deveria multar a empresa em 20% do valor do contrato (R$ 2,6 milhões), teria optado pelo caminho mais fácil: rescindi-lo de forma ‘amigável’.
As questões com o lixo na cidade são nebulosas e vem desde a sua contratação, em 2013, primeiro ano da gestão Márcio Pamprui, até a execução dos serviços de coleta e destinação final, que o vereador Doriedson quer que sejam esclarecidas.
Segundo o parlamentar, os problemas começaram em 2017, com o aumento escandaloso na taxa de lixo. No ano passado, segundo foi dito na sessão, a Prefeitura arrecadou R$ 9 milhões com a taxa, e assim mesmo a empresa suspendeu a coleta.
Filho do prefeito – Doriedson foi além, citou uma lei de 2001, do governo Jair Oliveira, que proíbe o despejo de lixo na cidade, seja a que título for. Relatou que a Secretaria de Obras, cujo titular é o filho do prefeito, no mínimo fechou os olhos para o despejo que vem sendo feito nas proximidades do Motel Haway. “A Secretaria de Obras não viu isso?”, perguntou.
Convocado a comparecer a uma reunião com os vereadores, o secretário Glaydson Aiacyda informou que não poderia comparecer por motivo de enfermidade, e enviou uma assessora.
O assunto precisa, em nome da moralidade pública, ser esclarecido, e os vereadores, mesmo os que estão atrelados ao Executivo, têm por dever de ofício apurar a fundo a questão, pois a conta, cara por sinal, é paga pelos contribuintes. Há muito lixo nessa história a ser desvendada.