Os números do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan), referente ao mês de janeiro deste ano, revelam que o ano começou com vendas muito aquém das expectativas no mercado automobilístico.
Segundo os dados, a queda foi de 38,9% no período de dezembro de 2021 para janeiro de 2022. Se a comparação for com janeiro do ano passado, a queda ainda se mantém, de 26,1%.
No mês passado o total de veículos emplacados foi de 126,5 mil, que dá uma média de pouco mais de 6 mil por dia, computando-se carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a retração do mercado é esperada nos primeiros meses do ano, mas se surpreendeu com o percentual de queda, que historicamente se mantinha entre 15% e 25%.
Para o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, é conjuntural o resultado de janeiro, e deve-se levar em conta os baixos estoques das concessionárias em dezembro. Isso ainda tem um outro componente que impacta as vendas, a falta de produtos e a escassez de insumos e componentes.
Um dos complicadores da pandemia é a falta de peças no setor, que resulta em filas de espera em concessionárias para quem quer comprar veículos.
Na contramão dos carros, a venda de motocicletas cresceu na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado.
Números da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) mostram crescimento de 4,5% na venda de motos, entre janeiro de 2021 e o deste ano.
Esse aumento na venda de motocicletas tornou-se tendência em meio à pandemia e deve continuar em crescendo durante todo este ano. (Da Redação – Foto: Torsten Dettlaff no Pexels)
