Vencedores e vencidos

Quem conhece a política local, muitas vezes praticada de forma rasteira, abjeta, que se utiliza de seres rastejantes pagos com dinheiro púbico para movimentar as redes sociais, sabe que, a partir de agora, e é o que toda cidade espera, vai ter menos intensidade, menos fake News e menos vagabundos a impulsionar e disseminar essa prática. No mínimo, vai ser muito menos impactante.

A queda do burgomestre Aiacyda, que este jornal já sabia de antemão que ocorreria, porque é sério e contratou instituto de pesquisa idôneo, vai mudar o cenário político de Mairiporã pelo menos para os próximos 30 anos. Os velhos caciques desaparecem com a partida do atual alcaide. É chegada a hora de dar espaço e vez aos novos.

E não apenas o eleitorado como um todo comemorou o resultado das urnas, mas principalmente o funcionalismo público, tratado como cidadão de segunda classe e que certamente aproveitou a oportunidade para dar o troco. Aiacyda fez miséria a aqueles que deveriam ser seus parceiros de trabalho, mas preferiu impor sua vontade e ignorar os apelos que a classe fez ao longo dos últimos quatro anos.

Discorrer sobre tudo de ruim que Aiacyda fez neste seu último mandato, é chover no molhado. As páginas deste semanário estamparam em minúcias e isenção todos os mal feitos da administração cujo comandante vai pra casa no último dia do ano.

Com a derrota, cai o último representante da velha política da cidade. Todos os outros já morreram, física ou politicamente.

Saem os vencidos e entram os vencedores. E a estes, a expectativa de que uma nova era político-administrativa comece nesta cansada e sofrida Mairiporã, maltratada ao longo do tempo por prefeitos que pouco se importaram com ela.

Que o novo prefeito e seu grupo tenham a consciência de que não há mais espaço para governantes despreparados e que uma Prefeitura precisa de gestor, não de políticos. As barganhas nefastas devem ser sepultadas em nome da moralidade no uso do dinheiro público.

Aos novos vereadores, o recado de que não sigam o exemplo dos neófitos que assumiram em 2016, e que também voltam para casa depois de um período de compadrio e arranjos que incharam a máquina com honoráveis vagabundos.