Vai começar a corrida eleitoral

A campanha para eleição de Vereadores e Prefeito começa oficialmente neste final de semana em todos os municípios do País e, claro, também em nossa pitoresca Mairiporã. E não tem pandemia que tire da boca do povo, ou melhor, dos celulares, a mais midiática corrida eleitoral de todos os tempos. Nem começou e já tem gente perdendo amigos na rede social.

Vale tudo pela atenção dos eleitores nesse meio disputado da internet. Embora a justiça eleitoral diga que vai garantir a igualdade quanto ao emprego de recursos, é fácil se deparar com impulsionamentos indevidos para a época em busca de visibilidade. Sem falar de campanha antecipada e pré-candidato que asfalta rua e coloca concreto. A velha receita de sair prometendo tudo para todo mundo continua a mesma e infelizmente muita gente gosta, quer e, pior: vota!

Não é difícil se deparar com uns malucos. Eu já vi até gente discutindo faixa de pedestres para pato atravessar a rua em segurança. Percebi a turma do cada macaco no seu galho. E haja tanto galho, porque a macacada pula mesmo. Só achar que o vento de lá está melhor que o vento de cá, para correr postar indireta. Vale tudo para se valorizar, se é que se pode chamar de valor, ser interesseiro e oportunista.

Para não ser muito irônico, tenho prestado atenção aos descobridores da América. Principalmente quando há eleição para o legislativo. É até divertido, senão trágico; perceber quanta solução para quase tudo. Tão fácil resolver os problemas. Só não sei onde estava essa gente dois anos atrás por exemplo. Acho que estavam atentos para ver quem seria a bola da vez. Apostar depois que o cavalinho faz a curva na liderança é moleza. No fundo não deveria ser assim, sem puritanismo. Só questão de opinião.

Tem pequeno de olho na sobra e feliz de quem perdeu tempo fazendo as continhas, porque corre o risco de rir por último e rir melhor, vendo os grandes desprenderem tempo e fortuna pela cadeira que nanico também vai conquistar com um pouco de articulação e cérebro; apesar de quase nada na carteira. Se você não entendeu como funciona e gosta de política, eu diria que vale muito a pena dar uma estudada. Quase certeza que vem surpresa por aí.

Não posso concluir sem a turma do “copia e cola”. Aquele pessoal que imita mesmo, na cara dura. Celulares na mão e dá-lhe fazer um “videozinho”. Se tudo se copia e não se cria, o precursor dos vídeos deve estar se divertindo, já que despretensiosamente fez disso sua maior arma e essa pode ter sido tão letal ao longo do tempo, que tenha acabado com um longo reinado. Talvez vejamos tecnologia e recursos pagos a peso de ouro, sendo superados por imagens com poucos pixels, ruídos e quase sempre verticais. Já pensou? Quem viver, verá!

Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb