Vai chegar!

Por enquanto tudo é feito em nome de uma pandemia que, na verdade, ficou restrita à China, Itália, Espanha e EUA. Nesses países pode-se qualificar a chegada do coronavírus de pandemia. Aqui no Brasil, com 200 e poucos mortos, não.

Em meio à neurose insuflada pela Rede Globo e o jornal Folha de S. Paulo, fez-se aquilo que a prudência não recomendaria. Abriram-se as ‘burras’ dos governos, com destaque para o Federal, e a distribuição de dinheiro é farta (se é que ele chega ao destino), as votações no Congresso são feitas online em 5 ou 10 minutos, o Supremo se mete a ditar regras em questões que não tem conhecimento e a grande imprensa segue receitando que todos fiquem em casa e que os principais setores da atividade econômica permaneçam fechados.

Ao final dessa histeria coletiva, a conta vai chegar e quem vai pagar é o trabalhador. Através de impostos e do desemprego. Sim, torrar dinheiro gera consequências. Economistas (não aqueles que a Globo mostra para meter o pau no governo) afirmam que a indústria de transformação e serviços vão perder mais. Aqueles que estão na informalidade e os assalariados, também vão sofrer com a queda do emprego.

Quem tem dinheiro guardado em aplicações financeiras também vai perder com a desvalorização do que foi investido em ações, poupança, renda fixa e imóveis. Os mesmos economistas dizem que paradoxalmente a melhor forma de preservar o patrimônio enquanto essa situação perdurar, é manter dinheiro vivo em caixa ou em conta corrente.

De se esperar que ao final dessa neurose a grande imprensa mude o foco e comece a criticar o governo central por conta da economia. É esperar para conferir. Aí, o Governo Federal será o culpado pela queda do PIB, aumento dos juros, desemprego e uma economia fragilizada.

Em artigo publicado esta semana, o economista Celso Ming foi cirúrgico ao dizer que: “O tempo dirá em que proporções tudo isso acontecerá. Está aberta a temporada de disputa social tanto pela apropriação da renda, agora mais magra, quanto para tirar proveito do jogo de empurra das contas a pagar. O brasileiro não perderá apenas renda e patrimônio. Será um período de quebra ou suspensão de certos direitos adquiridos, inclusive os pagos com sacrifício pela classe média.”