Em todas as cidades brasileiras, ou praticamente em todas elas, o usuário de transporte passou a contar com o aplicativo denominado Uber, que vem a ser uma empresa multinacional americana de transporte privado urbano que utiliza um aplicativo para comunicação entre o passageiro e o motorista associado. Veio com tudo para concorrer com os taxistas e teve início uma briga sem tamanho na disputa pela clientela.
Existem no País várias empresas com esse sistema por aplicativo e até onde isso vai dar ninguém sabe.
Mas em Mairiporã a disputa é desigual e penosa para os taxistas. É que por estas paragens existe uma espécie de ‘Uber Chapa Branca’, cuja frota é de propriedade da Prefeitura. Isso mesmo! É fácil encontrar vários desses veículos em toda a cidade e também pelas estradas que a ela dão acesso.
Não têm identificação, é verdade, e o passageiro nem necessita ter um aplicativo em seu smartphone, nem se preocupar em pagar pela corrida. Basta apenas conhecer alguém influente, como o prefeito, por exemplo.
Circulam dia e noite pelos mais distantes pontos do município e de cidades vizinhas, têm destinos distintos e vão a lugares os mais improváveis de estarem a serviço da administração. E a freguesia é fiel e cada vez maior. Os Uber chapa branca andam sempre lotados.
Para ser atendido pelo serviço basta solicitar a viatura com antecedência, pois a procura é grande e a frota não consegue atender a demanda. De preferência, as corridas devem ser feitas a hospitais da região, consultórios médicos, buscar funcionários em suas residências e, em alguns casos, levá-los de volta ao final do expediente. É desse Uber que os taxistas devem ser contra.