Troca-Troca

Li com surpresa esta semana um comunicado emitido pela Prefeitura em que anuncia a troca da empresa responsável pela coleta de lixo na cidade. Não deveria ser mais surpresa, pois o senhor Antônio Aiacyda parece que troca de empresa de coleta como troca de camisa.
Se bem me lembro, logo que assumiu se meteu numa confusão com a empresa que prestava o serviço, pois esta alegou uma série de problemas para seguir com a empreitada e teria abandonado o barco. Também se não me falha a memória, o vereador Doriedson Antônio da Silva Freitas, na oportunidade, acusou a Prefeitura de abrir mão da multa contra a empresa e esse tema foi abordado à exaustação em inúmeras sessões da Câmara de Vereadores.
A saída da empresa causou o caos na cidade, que ficou semanas sem coleta de lixo e a população à mercê da falta de explicações do senhor prefeito. E agora a cena se repete.
No tal comunicado desta semana, a informação é a de que a empresa Quality, contratada com muita pompa e circunstância, com direito a desfile da frota de caminhões pela cidade, teria dado causa e motivo para o rompimento do contrato, por descumpri-lo em muitas de suas cláusulas. Não há explicação e indicação das faltas cometidas pela empresa, nem se ela, se verdadeiramente responsável, arcará com o ônus da desobediência contratual.
O mesmo comunicado informa que a nova responsável pelo serviço e a Nova Opção e que a coleta de lixo será normalizada no prazo de uma semana. Isto quer dizer que há muitos bairros com o lixo amontoado nas ruas.
Esse troca-troca de empresas de coleta, pode ter certeza o amigo leitor, cheira mal, muito mais que o próprio lixo. Em três anos de governo são três empresas diferentes e as razões ou são omitidas ou mal explicitadas. Uma desistiu, a outra foi dispensada e essa terceira, o que estará reservada a ela?
Uma ampla investigação nesse particular deveria ser feita no Executivo e naquele que responde por ele, o senhor prefeito municipal. Mas aí, como se dizia antigamente, ‘é que a porca torce o rabo’.
Quem vai fiscalizar o Executivo e o dinheiro público?