Troca de técnicos no Brasileirão segue velha fórmula

O futebol brasileiro, que muitos acreditam precisa se reinventar, continua a usar a velha fórmula quando uma equipe não vai bem no campeonato, mesmo que este ainda esteja em seu começo: manda o técnico embora. Neste 2020 não é diferente.

Em apenas 7 rodadas, de um total de 38, sete treinadores já foram defenestrados e engrossam a fila de desempregados: Dorival Júnior (Athletico-PR), Nei Franco (Goiás), Daniel Paulista (Sport), Felipe Conceição (Bragantino), Jorge Jesus (Flamengo, mesmo a decisão de sair tendo partido dele), Roger Machado (Bahia) e Tiago Nunes (Corinthians), que foi o último a cair (foto).

Dos 20 times da elite, apenas São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Internacional, Fortaleza e Fluminense mantiveram os treinadores não só no Brasileirão, mas desde janeiro durante os campeonatos estaduais.

Recordista – Computando-se todos os clubes das séries A e B, o treinador Gerson Gusmão, do Operário de Ponta Grossa (PR) é o recordista: está há quatro anos e meio na função.

Limite – Essa dança de cadeiras não é bem vista pela Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF), que aguarda a aprovação de um projeto que tramita no Congresso, que obriga que um clube só possa contratar outro técnico quando quitar todas as dívidas com o que foi demitido. (Foto: Divulgação)