Tribunal de Contas aponta problemas na merenda escolar de Mairiporã

AGENTES Fiscalizadores do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TECESP) estiveram em 219 municípios, em vistoria às condições da merenda oferecida aos alunos dos ensinos Básico e Fundamental em 275 escolas municipais. Foram encontradas situações irregulares, como condições inadequadas de estocagem, fora do prazo de validade e armazenados em locais impróprios.
Em Mairiporã as escolas fiscalizadas foram “Guido Pisaneschi”, “José Da Silveira Pinheiro”, “Luiz Telles Batagini” e “Mufarrege Salomão Chamma”. A merenda é preparada po funcionária própria e o cardápio elaborado por nutricionista.
O Correio Juqeury teve acesso em primeira mão ao relatório descrito pelos agentes de Fiscalização, que encontraram situações semelhantes a de outros municípios: Não há alvará de funcionamento e manual de boas práticas emitido pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.
Segundo apontado pelo relatório, na E.M. Guido Pisaneschi, as merendeiras não estavam usando touca e avental, as cadeiras e mesas estão enferrujadas, na cozinha há rachaduras, azulejos quebrados, não há telas milimetradas nas portas e janelas.
Apesar de estar de acordo com a maioria das especificações, os únicos apontamentos na E.M. José da Silveira Pinheiro foram a respeito do escorredor de louça que encontra-se oxidado; interruptor aberto ao lado da torneira; janela da cozinha com vidro quebrado e sem a tela milimetrada e um cano instalado cano para o gás sem utilidade e oxidado.
Na E.M. Luiz Telles Batagini a parede da área de armazenamento dos alimentos está descascada e apresenta rachaduras. A E.M. Salomão Chamma foi a única a atender todas as especificações, sem irregularidades.
Fiscalização – Entre as irregularidades mais graves encontradas nas escolas de todo o Estado de São Paulo, em 82% dos casos há ausência de alvará emitido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, em 92% das ocorrências os locais não possuíam Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) dentro do prazo de validade.
Em 33% dos locais vistoriados, a área de preparo dos alimentos apresentou problemas de integridade e conservação, com rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, entre outros. Mais da metade dos locais, 56%, não possuía telas milimetradas nas portas e janelas.
Dentro da amostra pesquisada, 10,5% dos gêneros alimentícios se encontrava fora do prazo de validade. Em 35% das escolas municipais não há controle dos itens estocados ao passo que, em 20%, a desinsetização não havia sido feita há menos de seis meses. Dos espaços destinados ao consumo da merenda, 49% não atendem a todos os alunos.  Em 70,5% dos estabelecimentos, constatou que a merenda fornecida no dia é a mesma prevista no cardápio.