Acompanhei nos últimos dias a repercussão do que disse o prefeito, senhor Aiacyda, através de um vídeo na internet, sobre a posição ocupada por Mairiporã num ranking de eficiência elaborado pelo Conselho Federal de Administração, dentre as cidades com até 100 mil habitantes.
Depois, li atentamente os comentários veiculados neste jornal e em outras mídias sociais, sobre o ‘feito espetacular da administração municipal’. A conclusão a que cheguei é que definitivamente o prefeito, senhor Antônio Aiacyda, é um tremendo gozador. Mas gozador na melhor acepção do termo.
Se o único item avaliado foi crescimento de receita à custa dos tributos cobrados da população, poder-se-ia até levar em conta. Mas cabe aqui uma análise: como é que um ranking pode considerar como positivo um governo cujos contribuintes não pagam IPTU? Isso mesmo! De acordo com vários pronunciamentos de vereadores, mais da metade de quem deveria pagar o tributo não o faz. E em bom número de casos, fazem-no muito bem, pois a recíproca, ou seja, o retorno do dinheiro pago em impostos em benfeitorias ao povo, não é verdadeira, a contrapartida beira o conceito de miserável.
Também fico a imaginar que quesitos foram levados em conta quando o assunto foi Saúde. Acho que ‘zero’ é até uma nota muito alta pelo que o senhor prefeito, em quase 11 anos de mandato, ofertou à população. Os cidadãos que dependem exclusivamente da saúde pública deveriam ter sido ouvidos nesse estudo. É o mínimo que se exige desse tipo de levantamento.
Ficaria aqui muitas horas, dias, meses até escrevendo sobre esse ranking que o senhor Aiacyda fez questão de anunciar como se tivesse descoberto a pólvora. A cara de pau dos nossos governantes é algo que extrapola a compreensão dos mortais.
Isto posto, me resta voltar ao início deste texto: Aiacyda é um gozador e desempenha esse papel com maestria. Mas isso não engana os cidadãos sérios desta cidade. Exceção deve ser feita aos seus apaniguados e àquilo que ainda resta de incautos.
