Trânsito e mortes

Sai prefeito, entra prefeito, entram vereadores, saem vereadores e o trânsito de Mairiporã, essencialmente na região central, continua dando mostras de que o governo municipal é incompetente para solucionar os problemas que ele causa. Se não é isso, é má vontade ou comodismo.
Não há um só dia em que a cidade não registre muitos problemas, e mais grave, esse descaso colabora para o aumento de mortes, como provam os números divulgados mensalmente pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. Atropelamentos que levam a mortes cresceram 75% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o anterior.
Alguém precisa fazer alguma coisa. Mas quem?
Essa pergunta deveria ser respondida pelo prefeito, que já soma 8 anos e meio de mandato, considerando-se os dois anteriores. O trânsito em Mairiporã, salvo melhor juízo, limita-se a sinalização horizontal (de vez em quando vertical), venda de cartões de zona azul e multar em escala industrial. Nada mais.
Falta gestão para o setor, profissional do ramo, pois é inadmissível que Mairiporã continue com suas poucas e estreitas ruas saturadas, tomadas por veículos a todo instante, transformadas em rotas de motoristas que fogem dos congestionamentos das marginais de São Paulo.
É preciso solução imediata. De conversa mole a população está cheia. A cada troca de governo a conversa é sempre a mesma e nada é feito. Há sérias questões que necessitam de respostas, pois o cidadão tem que conviver com pesados veículos (caminhões e carretas), excesso de carros, que disputam espaço com ônibus, motocicletas e os próprios pedestres. Se antes se dizia que o trânsito piorava nos horários de pico, isso se tornou comum dia e noite.
Ou o governo municipal leva a sério a questão da mobilidade urbana, ou a cidade estará condenada a conviver como se fosse um daqueles bairros da Capital onde o volume de veículos beira o caos.
O prefeito precisa sair de sua zona de conforto e parar de falar só em asfalto, e se debruçar sobre outros problemas que a cidade tem.
Cuidar da mobilidade urbana também é oferecer segurança à população.