LEVANTAMENTO realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) com base em pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2017, concluiu que mais de 50% dos profissionais que atuam por conta própria em áreas que não exigem nenhuma qualificação trabalham dessa forma devido às consequências da crise econômica.
As profissões que mais cresceram desde 2015 foram as de ajudantes de construção de edifícios, vendedores ambulantes (exceto os que comercializam comidas) e trabalhadores de agricultura. Todas elas se caracterizam pelas condições precárias de salário e ausência de direitos trabalhistas.
Ainda segundo a pesquisa, a média salarial que os trabalhadores recebem no final do mês é de R$ 722, quantia menor do que o salário mínimo, que atualmente é de R$ 954.
Os que menos recebem são mulheres e homens negros, que no mês ganham R$ 491 e R$ 679, respectivamente, em média. Para o Dieese, há anos esse cenário não era tão preocupante. “Os trabalhadores não têm quase nada de renda e seguem sem nenhuma perspectiva”, diz a nota.