A CRISE que assola o país atingiu mais de 700 trabalhadores nos mais diversos setores em Mairiporã. Boa parte deles foi para a informalidade, como forma de sobreviver e sustentar a família. Se antes o trabalho informal contava com um maior número de aposentados, como forma de complementar a renda familiar, agora há concorrência dos desempregados.
Vendedores de frutas, pães e confeitos de chocolate são vistos com facilidade pelas ruas da cidade, este ano em maior número. Há também os que passaram a fazer carretos e até motoristas que se oferecem para levar pessoas a outras cidades. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, Mairiporã registra fechamento de vagas de trabalho formal (carteira assinada) desde o mês de fevereiro e a tendência é de continuidade até o final do ano. A indústria de transformação, maior empregadora no município, foi a responsável por 50% nos cortes de funcionários.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a crise impulsionou a participação da economia informal no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, que cresceu em 2015 e alcançou a marca R$ 957 bilhões gerados, de acordo com o Índice de Economia Subterrânea.
A saída – Quem está na informalidade pode conseguir regularizar a situação através do MEI (Microempreendedor Individual), modalidade que fornece a oportunidade de trabalho por conta própria e acesso à aposentadoria e outros benefícios.
Em Mairiporã, segundo Revel Blanes, que até o mês de abril foi o responsável pelo setor de registro, estão cadastrados 980 microempreendedores, nos mais diversos setores da economia, número que triplicou a partir de janeiro de 2013. Esse aumento no número de autônomos que procuraram se regularizar, em especial tirar o MEI, demonstra que os desempregados buscam sair da informalidade para ter direitos garantidos.
Fonte: istoe