As perdas diárias de água do Sistema Cantareira aproximam o total armazenado no chamado volume útil daquele observado no ‘volume morto’. Enquanto o primeiro tem 306,31 milhões de metros cúbicos, o segundo registra 287,5 milhões de m³.
Os dados divulgados na manhã de ontem, pela Sabesp, mostram um volume operacional de 31,2%, que mantidas as perdas diárias de 0,2%, vai fechar a semana com 29%, índice preocupante e que segundo a ANA (Agência Nacional de Águas) muda de patamar a situação do Sistema, passando de alerta para restrição, quando os reservatórios registram estoque de água entre 20% e 30%.
Ainda de acordo com os números da Sabesp, até ontem foram 34,7 milímetros de chuva, para a média esperada para o mês de 83,2 mm. Ou seja, choveu menos da metade.
O momento é grave, pois a estiagem deve continuar até novembro segundo os institutos de meteorologia. O consumo não apresenta sinais de queda e as recomendações para economizar água, feitas pela Sabesp, não tem surtido efeito. Dezenas de municípios atendidos pela empresa estão com racionamento de água e em muitos deles o corte no fornecimento dura até 36 horas.
Dos sete sistemas distribuidores de água no Estado de São Paulo, o Cantareira é o que se encontra em situação mais crítica. (Foto: EBC)
