Tendência de declínio no número médio de habitantes por domicílio

Resultados de pesquisa da Fundação Seade divulgados esta semana, mostram que a projeção do número médio de habitantes por domicílio para o Estado de São Paulo mostra tendência de declínio, passando de 3,6, em 2000, para 2,5, em 2050. Isso representa aproximadamente uma pessoa a menos, em média, por moradia. Esse fenômeno está relacionado ao processo de transição demográfica, que desencadeou a queda da fecundidade, diretamente associada à redução do tamanho das famílias. Além disso, o envelhecimento populacional e as mudanças nos arranjos familiares também têm afetado essa tendência.

De acordo com o estudo, as projeções para os domicílios particulares ocupados indicam que o total atingirá 19,1 milhões de unidades em 2050, representando um adicional de 8,7 milhões desde o início do século XXI e média de 174,2 mil novos domicílios a cada ano. Comparando-se com o período de 2000 a 2020, houve incremento de 4,9 milhões de domicílios, com acréscimo médio anual de 245 mil. Dessa forma, o volume de domicílios no Estado de São Paulo continuará crescendo até 2050, porém em ritmo menor.

Grandes concentrações – Em 2021, o panorama municipal, segundo o volume de domicílios, apresenta configuração que reflete as grandes concentrações populacionais na Grande São Paulo e em seus prolongamentos nas regiões de Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Baixada Santista. Além da capital, com 4,2 milhões de domicílios, destacam-se com maior volume os municípios de Guarulhos (450,3 mil), Campinas (420,5 mil), São Bernardo do Campo (284,6 mil), Ribeirão Preto (247,5 mil), Santo André (241,9 mil) e São José dos Campos (241,5 mil).

As maiores densidades domiciliares (habitantes por domicílios) concentram-se ao sul e sudeste do Estado, regiões com níveis mais altos de fecundidade e menor envelhecimento populacional. Já as menores estão nos municípios a noroeste do Estado, com baixos níveis de fecundidade e elevado envelhecimento. Os menores valores encontram-se em Álvares Florence e Turiúba (2,5 hab./dom.) e os maiores em Eldorado e Buri (3,1).