NO BRASIL se tornou tradição da igreja católica, na Quarta-Feira de Cinzas, iniciar a Quaresma e divulgar a Campanha da Fraternidade (CF).
O bispo Diocesano, Dom Sérgio Aparecido Colombo, em coletiva à imprensa na semana passada, falou sobre a Campanha deste ano, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promovida desde 1964.
De acordom com Dom Sérgio, a cada ano reflete-se sobre uma metática específica, como família, políticas públicas, saúde, trabalho, educação, moradia e violência, entre outras. No entanto, neste ano, não há um tema especifico e sim uma proposta. “A Igreja evangeliza pessoas e os discípulos de Jesus Cristo continuam até os dias de hoje”, afirmou.
Para a edição de 2020 da CF, o tema escolhido foi: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, uma reflexão a partir do Evangelho de Lucas (Lc 10,33-34) e o lema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”.
De acordo com Dom Sérgio, essa passagem bíblica é a clássica parábola do bom samaritano, que, além de ser referência para a campanha deste ano, vai ao encontro da vida e missão de Santa Dulce dos Pobres, recém-canonizada pela Igreja Católica.
“São três verbos significativos: Jesus viu, sentiu compaixão e cuidou. Jesus Cristo vê com o coração, vê com o sentimento. Hoje em dia temos os cuidadores, aqueles ajudam a minorar a dor do enfermo”, assinalou.
Ele também, de forma catequética, explicou sobre o cartaz da campanha, que traz Santa Dulce dos Pobres, que traduz bem o tema escolhido.
“Assim como Jesus, Dulce viu, sentiu compaixão dos mais pobres e cuidou deles. A Igreja tem que ser capaz de ver como Jesus, não só aqueles que estão dentro, mas os externos”, completou o bispo.
Ressaltou ainda que todas as paróquias da Diocese têm trabalho voltado à ação social e ao cuidado com os mais necessitados. “Não tem uma paróquia que não tenha ação de acolhimento para minorar o sofrimento dos irmãos”, concluiu.
Cada paróquia recebe o texto-base da Campanha da Fraternidade com ações e orientações que devem ser seguidas. A CF se encerra no Domingo de Ramos, dia 5 de abril, quando a Igreja no Brasil realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, um gesto concreto, por meio do qual os fiéis demonstram seu comprometimento com a evangelização e promoção da dignidade dos pobres e oprimidos.