Existe quem consiga viver sem música?
Uns mais, outros menos, mas todo mundo gosta de música. Seja rock, pop, sertanejo ou forró: o importante é ouvir.
Antigamente era mais fácil conhecer músicas novas. Afinal, todo dia era uma novidade nas redes de televisão que transmitiam videoclipes ou nas rádios. Assim, o repertório de cada pessoa aumentava com grande facilidade.
Mas hoje, com o advento dos aplicativos em que você escolhe qual música quer ouvir, como não escolher as mesmas que você já conhece, e já gosta?
Admito que eu tenho um pouco de preguiça de procurar músicas diferentes daquelas que já escuto. E se, no final, não gostar de nenhuma delas?
O problema é que a gente acaba enjoando daquelas músicas de sempre, tocadas repetidamente nas playlists da vida. Não que elas tenham se tornaram ruins, mas é como comer o mesmo prato de comida todo dia, que com o passar do tempo você não sente mais o gosto das notas musicais e o sabor do ritmo.
Ouvi esses dias alguém dizendo que evitava ouvir suas músicas favoritas com muita frequência “para não estragar”.
E isso até que faz sentido. Em geral, as músicas nos remetem a momentos. São como formas de nos transportar de volta ao passado, de nos fazer reviver algum sentimento. Por isso, conhecer músicas novas é uma boa maneira de dar continuidade à própria vida, e dar oportunidade aos novos momentos de também ficarem marcados na memória.
Até porque, quem vive de passado é museu – ou uma vitrola antiga.