Taxistas de várias cidades começam a criar aplicativos próprios

NA TENTATIVA de recuperar a demanda de passageiros, depois que boa parte migrou para o serviço de aplicativos de transportes, taxistas de várias cidades dos Estado estudam a criação da ferramenta digital como forma de equilibrar essa disputa.

Diversos sindicatos, como o Sinditáxi (Sindicato dos Taxistas Autônomos de Santo André e Região), estão criando aplicativos, como o Top Taxi ABC, que inicialmente conta com 200 taxistas, que irão disponibilizar aplicativo para download nos smartphones.

A iniciativa contou com investimento foi feito pelos próprios profissionais da categoria, que trabalham para reconquistar corridas. Segundo o sindicato, o investimento de quem não é sócio é de R$ 40, que vão ser descontados das corridas. Cada viagem fica 10% para o aplicativo. A ideia é pagar para a empresa contratada e o restante investir em propagandas e redes sociais para atrair mais clientes.

A implantação dos aplicativos, agravada pela pandemia do coronavírus, fez com que os taxistas registrassem queda de 40% em suas demandas. Em Mairiporã, por exemplo, alguns motoristas ficaram por até seis horas nos pontos para ganhar R$ 10 em todo o período.

A cidade conta com mais de 100 taxistas e por enquanto não há nenhum movimento no sentido de se criar o aplicativo, embora existam algumas conversas a respeito.

Um dos motoristas, que atua na região central, afirmou que o ‘novo normal’ para a categoria passa pela criação do aplicativo, pois a rotina das pessoas mudou e é preciso estar pronto para adaptações.

“Não há como fugir das mudanças, das tecnologias, enfim, desse ‘novo normal’ e nós, taxistas, teremos que estar prontos para competir em igualdade de condições com os aplicativos de transporte. Sem isso, a tendência é que os taxistas vão perder cada vez mais passageiros”, enfatizou.