Sumidos

Já escrevi sobre o tema, mas volto novamente a ele, pois as pessoas cobram respostas que, até este momento, os governantes não ofereceram. Enquanto a Zona Azul funcionava arcaicamente com cartão de papel, os agentes de trânsito se mostravam presentes, surgiam do nada para praticar o doce esporte da ‘multa’ e fazer direitinho o dever de casa, o de alimentar a voraz indústria da multa.
Com a modernização do sistema rotativo de estacionamento, esses agentes de trânsito sumiram, pois não se vê qualquer deles andando pelas ruas do centro da cidade. Desapareceram como num passe de mágica. Vez ou outra se vê um ou outro em uma viatura, sem estar preocupado com os desmandos praticados pelos cidadãos descumpridores da lei e também por servidores públicos comissionados que dirigem viaturas oficiais. Cometem barbaridades no trânsito, que os modernos chamam de ‘mobilidade urbana’, que em nossa cidade é um verdadeiro caos.
Os lugares determinados para idosos e deficientes são totalmente desrespeitados, com automóveis que estacionam nessas vagas sem a devida credencial, e outros que estacionam e ultrapassam às duas horas permitidas. Virou praxe na nossa urbe e ninguém faz nada para acabar com essa prática abusiva e lesiva aos interesses da população.
Um exemplo específico é da vaga destinada a deficientes na rua Padre Vairo, esquina do posto de combustível Ipiranga. Sei que os controladores da Zona Azul não têm autoridade para multar os infratores, porém, os agentes de trânsito que são pagos para essa função, prevaricam na hora de conter a impunidade, pois estão sumidos.
A população está a questionar: “Se não há mais finalidade em se ter agentes de trânsito, em razão da nova modalidade de Zona Azul, que seja extinta a função do quadro de funcionários da Municipalidade.”
É mais justo e vai gerar economia ao espoliado bolso do contribuinte.