Só 5,7% dos mairiporanenses iriam às urnas se o voto fosse facultativo

TEMA recorrente em ano eleitoral, a obrigatoriedade do voto sempre dividiu opiniões. Se a exemplo de outros países, o voto fosse facultativo, somente 5,7% dos moradores de Mairiporã teriam intenção de ir às urnas. Esse é o resultado de um levantamento feito pela reportagem do Correio, realizado um dia antes do segundo turno da eleição de outubro.
A pergunta foi específica sobre que decisão seria adotada pelo eleitor se o voto no País não fosse obrigatório. Apenas aos eleitores de 16 e 17 anos, os de 70 anos ou mais e analfabetos é facultado a escolha de votar ou não.
O levantamento indica ainda que 57,7% dos entrevistados responderam que “não votaria” diante de eventual cenário opcional, assim como ocorre em diversos países, como Estados Unidos, Canadá e maior parte da Europa. Ou seja, mais da metade dos munícipes ficaria de fora do processo. Nesta sondagem, 40% alegaram que, em caso de mudança na legislação, “talvez votasse” ou “depende” das circunstâncias do momento.
A sondagem foi feita na zona urbana da cidade, distrito de Terra Preta e Serra da Cantareira, e abordou 295 pessoas. As entrevistas aconteceram entre os dias 13 e 26 de outubro.
Outro ponto do levantamento perguntou se os políticos eleitos são melhores, iguais ou piores que os atuais. Pouco mais da metade, ou 50,9%, mencionou que “são iguais”. Neste conceito, 26% consideram que “são melhores” e 13,1% que “são piores”, e 9% disseram não saber.
À indagação se o resultado das eleições influenciaria em seu dia a dia, pouco mais da metade dos entrevistados (51%) respondeu que tudo ficaria igual. Nesse contexto, para 26,4% a vida podia melhorar, 12,1% acreditam que deve piorar e 9,5% não souberam avaliar.
De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do total de 147 milhões de pessoas aptas a votar, 17,9 milhões se enquadram no voto facultativo, o que corresponde a 12% da parcela do eleitorado.