O sistema Cantareira, formado por seis represas, e que abastece mais de 7 milhões de pessoas, entrou em estado de alerta. Ele chegou a 39,6% de sua capacidade na manhã de ontem. Com isso, o principal reservatório de abastecimento de água da Grande São Paulo registra seu pior índice desde 2016.
Seguindo os parâmetros da Agência Nacional de Água, o reservatório saiu da faixa de atenção, quando se opera entre 40% e 60% de sua capacidade total. Agora, a Sabesp só poderá retirar 27 metros cúbicos por segundo do Cantareira.
Os dados da própria Sabesp apontam que o atual volume do reservatório está bem abaixo do que no período pré-crise hídrica de 2013, quando o sistema registrava 53,6% de sua capacidade ocupada no mesmo dia 30 de julho daquele ano.
Na última sexta-feira, 27, especialistas alertaram sobre o risco de entrar em nova crise hídrica, já que a Sabesp e o governo de São Paulo não adotaram medidas para enfrentar o período de seca nas regiões atendidas pelo Cantareira. Só neste mês, a pluviometria acumulada no Cantareira foi de apenas 7,4 milímetros de chuva, enquanto a média de julho é de 48 milímetros. O volume útil de água armazenada até ontem era de 388,6 milhões de m³, ante 618,5 milhões de m³ no mesmo período do ano passado.