Sem matéria-prima, preço do material escolar pode aumentar até 9%

JANEIRO, mesmo em tempo de pandemia, é o mês que leva a gastos extras dos pais. Aos impostos, somem-se as listas de materiais escolares que deverão ser comprados. No mercado, a expectativa é que o preço deve aumentar em até 9% para a volta as aulas (retorno presencial ainda não é definitivo), pela falta de matéria-prima no mercado interno, aumento da cotação do dólar e a crise gerada pela pandemia.

Lojistas dizem ainda que vários produtos são importados e pagos na data da compra em moeda norte-americana, que neste momento está em alta em relação ao real, e por isso mesmo tiveram um realinhamento de preço.

Para os comerciantes, é desafiador neste momento imaginar que os resultados das vendas sejam os mesmos ou, no melhor cenário, apresente pequeno crescimento em relação a 2019/2020.

Em rápido levantamento junto às papelarias da cidade, feito pela reportagem do Correio, a queda no movimento, próximo de 50%, em quase todas elas. Se em tempos ‘normais’ janeiro e fevereiro costumavam ser os melhores meses de vendas para papelarias e similares, com crescimento de até 20% no faturamento, este ano a expectativa é baixa.

Existe também um outro componente que pode prejudicar as vendas: muitos pais compraram material no ano passado que não foi usado em 2020, e isso poderá ser aproveitado agora.

Lançar mão do estoque do ano passado é uma saída pensada por muitos lojistas, pois os preços de revenda hoje precisam ser readequados e isso provoca desânimo nos compradores.

Legenda:

Pais podem fazer opção pelo material comprado e não utilizado em 2020

Crédito:

Divulgação