A Indústria de Transformação, segundo maior empregador da cidade, fechou o primeiro trimestre como o setor que menos gerou postos de trabalho. O saldo entre admissões e demissões foi de apenas 5 contratados.
Os números foram levantados pela reportagem junto ao Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados), órgão ligado ao Ministério do Trabalho.
O saldo de empregos no período foi positivo e, computando-se os cinco principais setores da economia local, de janeiro a março deste ano foram 132 trabalhadores contratados, e embora com tendência de alta, ficou 60,7% abaixo do resultado obtido no mesmo período de 2021, quando 336 novas vagas foram criadas.
Em relação à Indústria, no mesmo período do ano passado foram 9 admissões, quase o dobro do verificado na soma de janeiro, fevereiro e março de 2022.
Do total de 14 mil empregos com carteira assinada existentes no município, a Indústria responde por 30,9%, com 4.331 trabalhadores.
Inflação e dólar – Para analistas econômicos, no primeiro trimestre deste ano os resultados foram afetados pela alta da inflação, aumento dos juros e do dólar, além da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que impactaram o preço dos insumos e inflou o custo de produção, o que desacelera o ritmo de contratação.
Assinalam que indústria e comércio continuam a enfrentar os reflexos negativos da pandemia de Covid-19 e a isso ainda tem todas essas interferências, que desestabilizam a cadeia produtiva. Portanto, afirmam, não é de se estranhar que os resultados do primeiro trimestre foram de queda. Dizem também que agora é preciso aguardar o comportamento dos próximos meses para confirmar se esses setores vão conseguir se recuperar.
Um levantamento de Conjuntura da Fiesp/Ciesp mostra, ainda, que no primeiro trimestre as vendas reais da indústria cresceram 5,0%, o primeiro avanço após quatro trimestres consecutivos de recuo. No período, os salários reais médios cresceram 1,7% e o nível de utilização da capacidade instalada aumentou 0,2 ponto percentual. (Wagner Azevedo/CJ – Foto: Divulgação)