Sem ilusões com a nova Câmara

Se das urnas saíram sete novos vereadores para a composição legislativa da Câmara de Mairiporã, ainda é cedo para enquadrá-los na tão propalada renovação. Os chamados ‘macacos velhos’ que vão seguir em suas cadeiras já conhecem como a coisa funciona.
É quase certo que o Executivo não vai ter oposição alguma, pois logo após a divulgação dos resultados a equipe do futuro prefeito saiu a campo para conversar com os novos eleitos pela ‘oposição’.
Esperar que o comportamento mude, depois de décadas de servilismo ao prefeito eleito, é ser ingênuo. O grau de comprometimento de cada um deles para com o grupo político que representam e ao povo é nenhum. E não vai aqui nenhuma crítica, pois esse modelo é imposto de cima para baixo. Manda quem tem a caneta, obedece quem dela precisa.
Barbáries são perpetradas contra a cidade e a população há anos, mas o caminho curto dos conchavos com o governo municipal é mais atraente.
De todo modo, é prematuro avaliar a conduta da nova Câmara até porque nem foram diplomados e empossados, o que se dará, respectivamente, em dezembro e em 1º de janeiro de 2017. Porém, a história já provou que se os ‘macacos velhos’ nada têm a acrescentar, imagine os novos, a quem ainda será ensinado o caminho das pedras.
O tom da conversa caminha no sentido de que a o prefeito terá um salvo conduto desde agora, mas com validade até que surtam efeito os primeiros resultados práticos de seu governo e daquilo que a população espera.
As urnas mostraram que a atual composição legislativa não foi suficientemente boa para aquilo que a sociedade esperava. Depois de três gestões com vereadores reeleitos sucessivamente, a propalada ‘renovação’ foi feita.
De se acreditar que o velho e sábio ditado ‘todo povo tem o governo que merece’ deixe o palco e o protagonismo em que está há muitos e muitos anos.

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