AS ELEIÇÕES municipais do ano que vem trazem como novidade o fim das coligações partidárias no pleito proporcional (vereador). Na prática, significa que as agremiações terão mais dificuldades em amealhar votos e os atuais vereadores, em se reeleger.
Se a regra vigorasse nas eleições de 2016, quatro vereadores não teriam sido eleitos: Éssio Minozzi Júnior (PDT), Alexandre Boava (PPS), Carlos Augusto Forti (PTB) e Doriedson Freitas (REDE). Estes só conseguiram as cadeiras graças aos votos dos outros partidos que ajudaram na soma final dos votos.
Apenas o PSC, que elegeu Wilson Sorriso e Pastor Cícero, entrou na disputa sem outros partidos coligados.
Em 2016 foram considerados válidos 41.284 votos, que resultaram no coeficiente (número necessários de votos para eleger vereador) de 3.175 votos.
Em 2020 cada partido poderá lançar até 20 candidatos, com a condição de que 30%, sejam mulheres, no caso de Mairiporã, 6 em cada sigla. Há no Congresso um projeto que pretende reduzir esse percentual a 10%, mas precisa ser aprovado antes de outubro para valer em 2020.
Dificuldades – Os partidos que possuem representação na Câmara, cujos vereadores são considerados ‘caciques’, terão maiores dificuldades em preencher a chapa com 20 candidatos, pois a maioria vai servir de ‘escada’ para os nomes mais conhecidos. Isso certamente vai ocorrer com o PSDB, PV e PSD.
Em contrapartida, siglas que até agora fizeram o papel de ‘bengala’ para outras, passam a ter condições de brigar por pelo menos uma cadeira no Legislativo.