O SISTEMA Cantareira deve iniciar a próxima semana com volume de água armazenada abaixo dos 40%. Sem chuva, cuja incidência foi 68% menor que o esperado, a tendência é de crise no abastecimento em 2022, segundo especialistas.
Os reservatórios do Cantareira fornecem água para 7,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A longa estiagem, de certo modo, era esperada no outono, porém a falta de chuva desde o verão, época do ano que costuma chover mais, baixou o nível das seis represas que formam o Cantareira.
Ontem, segundo a Sabesp, o Cantareira tinha 44,9% em seu volume operacional, enquanto no mesmo período do ano passado, era de 58,4%.
Em junho último choveu apenas 37,3 milímetros, ou seja, menos da metade da média histórica de 77,4 milímetros.
Dos sete sistemas que abastecem o Estado de São Paulo, o Cantareira é o que apresenta o pior nível em seus reservatórios.
Ainda em maio, o governo federal emitiu um alerta de emergência em cinco estados que compõe a bacia do Rio Paraná, inclusive São Paulo, já chamado de pior seca em 91 anos.
A situação atual dos mananciais apontam para uma nova crise hídrica no Estado, a partir de janeiro de 2022.
Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), foram adotadas faixas de acordo com a capacidade de volume operacional: mais de 60% (normal), entre 40% e 60% (atenção), 30% e 40% (alerta), 20% e 30% (restrição) e menos de 20% (especial).
Legenda: Falta de chuva reduz nível de armazenamento nas represas do Sistema Cantareira
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