Secretaria Municipal de Saúde

Quem conhece o prefeito Antônio Aiacyda sabe que ele nutre total desprezo pela leitura, pela informação, pela mídia, enfim, tudo aquilo que, como político e governante, deveria ser o primeiro a privilegiar.

Não age assim e não é de agora. Desde sempre nunca gostou de informar ou ser informado. E neste terceiro mandato à frente da Prefeitura o comportamento não é igual, é ainda pior. O que lhe interessa, esconde, porém a maior parte também é de interesse da população.

O caso mais gritante vem da Secretaria Municipal de Saúde, que não fornece qualquer informação sobre o que faz e o que tenta fazer pela população. Quando o assunto é vacinação, é ainda mais grave, pois as informações são sonegadas de forma aviltante, impedindo a população de saber dados importantes sobre as campanhas realizadas pelo Ministério da Saúde. Números são omitidos de forma vergonhosa e essa prática levou o município a registrar praticamente duas epidemias recentemente: uma de dengue e outra de febre amarela. Quando a água chegou ao pescoço, correram para tentar estancar a sangria e minimizar o estrago feito.

Alguém na cidade sabe informar os números finais da vacinação da gripe? Quantas doses da vacina contra a pólio e o sarampo foram aplicadas na cidade? E da vacinação antirrábica? Quanto à gripe, este jornal publicou os dados até onde conseguiu, mas não chegou ao final da totalização. Da campanha da pólio e do sarampo, que termina em seis dias, nada!

Nem o fato da cidade ter sido incluída numa lista do Ministério da Saúde, como uma das piores na imunização contra a pólio serve de motivação. É uma vergonha para o governo municipal não divulgar o que tem feito no setor, especialmente quando se trata da saúde pública.

Até esta quinta-feira, 23, o site oficial da Prefeitura convocava a população a participar do Dia D, realizado cinco dias antes. Ou seja, nem o site do governo municipal tem acesso aos números.

A Secretaria precisa dizer se essa omissão é ordem da titular da pasta ou do próprio prefeito. A ojeriza que sua excelência, o prefeito, tem pela leitura e pela mídia, não pode cercear o sagrado direito de informação através dos órgãos de imprensa. E ao fazê-lo, não é nenhum favor ou condescendência. É dever de ofício!

Nesse pacote de desinteresse do Executivo, é mister incluir os vereadores, cujas ações parecem distantes daquilo que almeja a sociedade.