Saúde não é prioridade

Diariamente converso com muitas pessoas pelas ruas e a queixa é a mesma de sempre: saúde caótica em Mairiporã. E a pergunta que mais fazem é o porquê da Prefeitura (leia-se prefeito) não dá a devida importância a essa área tão sensível para a população. Também me faço constantemente esse questionamento.
Desde que passei a residir na cidade, isso lá pelos anos 1970, a Saúde é o problema maior. Hospital acanhado e sem condições de suportar o crescimento populacional das últimas décadas, falta de medicamentos e médicos nos postos de saúde, ou seja, um setor temerário.
E chega a ser um contrassenso esse quadro todo, quando se tem um hospital amplo, moderno, cuja construção foi encerrada em dezembro de 2016, e desde então permanece fechado, servindo de alojamento para quinquilharias e outros trecos.
Em qualquer lugar do mundo a autoridade responsável já teria sido obrigada, inclusive judicialmente, a pôr o hospital para funcionar e fazer valer não só os direitos do povo, mas também justificar o dinheiro investido. No caso, mais de R$ 9 milhões.
O que vemos, entretanto, é uma condenável complacência com o atual prefeito, seja do Legislativo, seja do Judiciário. Aiacyda simplesmente não é instado a fazer funcionar o local e com isso sepultar o discurso de que a Prefeitura não tem recursos.
A Prefeitura tem todas as condições de manter funcionando o novo hospital, assim como todas as cidades da região mantêm as suas unidades. Por que só aqui não há? Por que investir milhões de reais anualmente para manter nos quadros da Prefeitura mais de uma centena de cabos eleitorais dependurados em cabides de emprego, sem que o custo-benefício reverta em benefícios à sociedade?
Ainda não semana passada li que a Prefeitura aprovou recursos da ordem de R$ 9 milhões para o Hospital e Maternidade Mairiporã. Esse dinheiro, somado àquele que abastece os bolsos dos apadrinhados políticos, daria para um início, ainda que modesto, das atividades do Anjo Gabriel.
O povo necessita de um pouco mais de ação, e não importa de onde venha o dinheiro para isso. Precisa também de consideração, o que certamente já será de grande ajuda para a cura das enfermidades.
A impressão, quase certeza, que Aiacyda passa ao povo, é que Saúde não é prioridade.