Saúde não divulga o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti

NA CONTRAMÃO de inúmeros municípios do Estado de São Paulo, a Secretaria Municipal de Saúde em Mairiporã não divulgou, nem na Imprensa Oficial, se realizou e quais foram os resultados do Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) no município, e em que patamar estão as chances de uma epidemia da doença.
O Lira significa a coleta de dados feita pelos agentes de endemias, que visitam domicílios de todos os bairros da cidade e detectam os focos de larvas do mosquito.
O histórico de Mairiporã apresenta locais em que existem criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, em diferentes situações, com maior percentual nos resíduos sólidos descartados irregularmente em terrenos baldios, por exemplo, pneus, recipientes plásticos, latas e entulhos de construção civil.
Os depósitos móveis nos quintais das casas também são locais de focos de larvas do mosquito. Entram nessa categoria vasos, frascos com água, garrafas retornáveis, bebedouros de animais, sanitários e canos sem uso e descobertos, baldes e barris utilizados para captar água da chuva.
As condições geográficas da cidade são propícias para o surgimento de criadouros e praticamente duas epidemias foram registradas nos últimos anos: dengue e febre amarela, esta última com o maior número de óbitos dentre todas as cidades do Estado.
É preciso que equipes da Vigilância em Saúde intensifiquem as visitas domiciliares, fazendo orientações aos moradores e eliminando focos de larvas do mosquito. E que isso seja dado a conhecimento da população.
Sobre os números atuais da dengue, nada foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde.