Uma repetição da crise hídrica nos moldes do que ocorreu em 2013, e que se estendeu até 2015, é rejeitada pela Sabesp, responsável pelo Sistema Cantareira, que abastece dezenas de municípios.
Para a concessionária, o comportamento dos consumidores e as adequações feitas em todo o sistema, inclusive com a interligação de outros mananciais, afastam motivos de preocupação.
Números da própria Sabesp revelam que hoje o consumo é 15% menor e os investimentos da empresa em campanhas para o uso racional da água tem dado excelentes resultados.
O Sistema Cantareira operava ontem pela manhã com 51,9% de sua capacidade. No mesmo período do ano passado esse índice era bem maior, 89,7%. Antes da crise hídrica o Cantareira abastecia 9 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, porém hoje são 7,4 milhões. Os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê absorveram 1,6 milhão de consumidores para aliviar a sobrecarga durante o período de estiagem.
O mês de fevereiro registrou 48,6 milímetros de chuva, percentual seis vezes menor que a média histórica para o mês, de 203,5 milímetros. O volume útil armazenado é de 510,3 milhões de m³.
Embora a Sabesp não admita preocupação, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos considera o número preocupante e avalia que o volume ideal seria por volta de 70% nesta época do ano.
