A retomada das obras de construção do Rodoanel Norte tem previsão de gastos de R$ 3 bilhões, segundo publicação de decreto feita pelo Governo do Estado, que autorizou a abertura de novo certame licitatório. O trecho está paralisado desde 2018 e esteve envolto em uma série de denúncias de superfaturamento e pagamentos de propina.
Agora, a proposta tem abrangência internacional e a concessão ofertada é pelo prazo de 31 anos. Segundo ainda o governo paulista, o leilão para escolha da empresa tem prazo de 90 dias, o que indica que as obras possam ser reiniciadas ainda este semestre.
Pedágio – A novidade, em relação aos outros trechos do rodoanel, é que neste não haverá praças de pedágio. A cobrança, no entanto, vai ocorrer por quilômetro rodada, através do sistema “free flow”.
De acordo com o decreto, em todo o trecho do Rodoanel Norte (entre a avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em Perus, até a rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos, deve custarserá de R$ 6,50, ou seja, R$ 0,14 por quilômetro.
Essa tecnologia permite que a tarifa seja paga por selos de cobrança automática (como o Sem Parar), ou ainda através de reconhecimento óptico de caracteres das placas (multas inteligentes).
As cobranças serão enviadas para a casa do proprietário do veículo e em caso de não pagamento prevê o bloqueio do licenciamento.
A empresa vencedora vai concluir as obras físicas e fica obrigada a manter a operação e manutenção do trecho.
Mairiporã – Quando tiver sido inaugurado, o trecho norte do rodoanel vai absorver o pesado tráfego de veículos (caminhões e carretas) que hoje utilizam o rodoanel oeste para chegar a Mairiporã, rota de fuga das marginais do Tietê, que encarecem o custo de combustível e a perda de tempo nos engarrafamentos.
Sem esse volume de tráfego diário, a mobilidade urbana na cidade deverá ter melhor fluxo, o que hoje não é possível. (Cláudio Cipriani – Foto: Eduardo Saraiva/GSP)