Respeitar o eleitorado

Com os últimos acontecimentos políticos, em nível nacional, não é de se estranhar que o eleitorado ainda não definiu seu voto. Portanto, há tempo para que os candidatos abram espaço às propostas para a cidade, e que sejam factíveis. Tem candidato com plano de governo cujas promessas jamais serão realizadas. Colocar no papel é fácil. Tudo aquilo que o candidato a prefeito pretende fazer, cabe num jornalzinho ou panfleto, cada área de administração com não mais de três linhas. O que não é dito ao eleitor é de onde vai sair o dinheiro para a realização, principalmente nestes tempos de queda na arrecadação municipal e nos repasses de outras esferas governamentais.
Não é novidade que o eleitor, em qualquer levantamento ou pesquisa, indique que as prioridades são educação, segurança e saúde. E, nesse particular, méritos para a atual administração, que melhorou pelo menos dois dos três setores, já que a segurança pública é de competência do Estado.
Não é menos verdade que outras questões, como preservação ambiental, energias renováveis, gestão de resíduos sólidos e mobilidade urbana são capazes de mudar o voto de parcela importante do eleitorado.
Importantes também assuntos como mobilidade urbana e sustentabilidade, que fazem parte do cotidiano das pessoas. O colapso do trânsito nas cidades médias e pequenas, com estruturas inviáveis para receber tantos carros, fez com que a população mudasse sua rotina. Também é tema importante para os programas dos candidatos, que em hipótese alguma podem justificar propostas de governo tímidas, generalistas ou embasadas em pautas clássicas de demanda popular. Alguns candidatos, absurdamente, já seguiram essa cartilha e espalharam pela cidade propostas que não serão cumpridas.
A elaboração de um plano de governo é tarefa complexa, e necessita respeitar as peculiaridades do ambiente em que for executado. Pelo bem da cidade, há tempo – mais precisamente quatro semanas – para que os candidatos deixem as mesquinharias de lado e abram novos espaços de debate, principalmente para aquilo que importa de verdade no dia a dia da população.

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