ATÉ onde se sabe, inclusive por informações de bastidoes, não há vereador com intenção de se candidatar a prefeito no ano que vem. Nenhum deles tem cacife eleitoral. O que se cogita é que Chinão Ruiz, do PSD, pode aparecer como candidato a vice na chapa do atual prefeito, que vai tentar a reeleição.
Por outro lado, a renovação desta vez pode ultrapassar os 50%. Os cálculos feitos por observadores da cena política levam em consideração o fato de que boa parcela tem chances reduzidas de se reeleger e alguns até pensam em não tentar um novo mandato. Esse quadro é fruto do desprestígio junto à população. O que foi entregue como novo em 2017, foi mais do mesmo.
Na opinião de alguns, a renovação poderá ser ainda maior, mas o certo é que pode atingir a metade dos atuais 13 integrantes. Tal hipótese se torna um atrativo que fatalmente deverá ser utilizado pelos partidos em geral para atrair novos candidatos em seus quadros, além da nova regra aprovada para o ano que vem, de que os partidos não podem se coligar. Com esses ingredientes as chances para se ocupar uma vaga na Câmara tornam-se muito maiores.
Tudo isso, é claro, no terreno minado das hipóteses e dos cálculos sem maior rigor científico. Já se sabe, entretanto, que há partidos políticos usando tais argumentos para tentar convencer virtuais candidatos a integrarem suas chapas. O assanhamento, segundo se observa nos meios políticos, chegou a ex-vereadores, que enxergam a possibilidade de uma volta. Sinal de que tais hipóteses não seriam, assim, tão impossíveis de se tornarem viáveis.
Divisão – Os principais líderes políticos da cidade já estão cuidando de agrupar partidos que possam abrigar seus candidatos a vereador, de modo que não ocorra acúmulo de bons de votos em uma só legenda. A divisão faz sentido. A concentração espanta os candidatos com menores chances, que podem desistir de concorrer achando que servirão apenas de ‘escada’ para os grandes puxadores de votos.
Com o fim das coligações e a necessidade de se preencher o total de vagas nos partidos para brigar de igual para igual com os partidos considerados mais fortes, o número de postulantes a uma cadeira na Câmara pode bater recorde em 2020.