Região teve quase três casos de sarampo por dia em 2019

AS CINCO cidades da região registraram 1.046 casos de sarampo em 2019, o equivalente a 2,8 confirmações por dia. O surto da doença, que ficou extinta no País por cinco anos, resultou em duas mortes na região – um menino de um ano em agosto e uma mulher de 59 anos, em outubro, ambas em Francisco Morato.
O vírus voltou a circular quando europeus e sul-americanos infectados entraram em contato com a população, cuja cobertura vacinal está aquém do recomendado.
Especialistas afirmam que o surto ainda vai demorar para passar, os próximos anos não serão de números altos como foi 2019, mas ainda é preciso intensificar as campanhas de vacinação por alguns anos. Dizem ainda que o hábito do brasileiro deixar tudo para depois é preocupante quando se trata de imunização.
Na última campanha realizada para vacinação contra o sarampo teve cobertura de 80% em todo o País, mas nas cidades da região a meta de 95% também não foi cumprida.
O País perdeu, em março, o certificado de erradicação da doença, concedido pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) em 2016. Para que esse cenário seja revertido, serão necessários pelo menos dez anos.
Os sintomas do sarampo incluem febre alta, tosse persistente, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas, primeiramente no rosto e, posteriormente, em todo corpo. Não há tratamento específico para a doença e a orientação é procurar uma unidade de saúde assim que apresentar os primeiros sintomas. O mal é transmitido por gotículas, ou seja, pode ser transmitida pela tosse e pelo beijo, por exemplo. Quando a pessoa está infectada, independentemente da enfermidade, o sistema imunológico piora. Portanto, no caso do sarampo, em que o vírus se aloja na região dos seios da face, pode haver complicações como infecção nos ouvidos, pneumonia e lesões no sistema nervoso, resultando em enxaquecas e desmaios, por exemplo.
Casos – Francisco Morato foi a cidade que teve o maior número de casos da doença: foram 506 (257 laboratoriais e 249 clínicos); a seguir aparece Franco da Rocha com 310 (148 laboratoriais e 162 clínicos), Mairiporã e Caieiras tiveram 96 casos cada. Em Mairiporã foram 9 laboratoriais e 87 clínicos e em Caieiras 21 laboratoriais e 75 clínicos. Fechando a lista, Cajamar, com um total de 38 (25 laboratoriais e 13 clínicos).