Reajuste de tarifa nos pedágios só em janeiro ou fevereiro

A INFORMAÇÃO foi obtida pelo Correio Juquery junto à concessionária da rodovia, a Arteris. Segundo a nota, o reajuste anual que ocorre na tarifas cobradas nas praças de pedágio da Fernão Dias, sempre até o dia 22 de dezembro, ainda não foi definido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Ainda segundo a informação, o reajuste pode ocorrer neste mês de janeiro ou até mesmo no início de fevereiro.
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, no dia 12 de fevereiro do ano passado, relatava que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pretendia promover um aumento de até 25% nas tarifas dos pedágios de sete rodovias federais localizadas nas regiões Sul e Sudeste.
No caso específico da Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, o reajuste poderia chegar a 58%. A justificativa do ministro é que as concessionárias vivem momento de desequilíbrio financeiro e dizem não conseguir os investimentos necessários de até R$ 7 bilhões, previstos em contratos.
A Arteris, concessionária da Fernão Dias formada pelas empresas Abertis Infraestrutura (espanhola) e Brookfield Motorways Holding (canadense), precisa investir R$ 4,6 bilhões para cumprir exigências como faixas adicionais, sistema de controle e monitoramento e, ainda, duplicações, nas cinco rodovias sob seu controle.
Segundo o ministro, as tarifas são muito baixas e isso vem desde a assinatura dos contratos, ainda ao tempo do ex-presidente Lula, que abrem espaço para os aumentos. A questão é saber se a população aceita pagar mais para ter uma terceira faixa, por exemplo.
Segundo os cálculos parciais, na Fernão Dias o pedágio poderia saltar dos atuais R$ 2,40 para R$ 3,80, que faria frente a R$ 1,2 bilhão em investimentos.
Caso decida avançar na ideia de reajustar as tarifas dessas rodovias, o ministério terá de superar ainda outra barreira. O TCU (Tribunal de Contas da União) defende que não é possível agregar mais obras em contratos vigentes. Mas o ministro afirma que vai tentar reverter esse entendimento.
O problema de tarifas baixas se agravou nas concessões seguintes, já no governo Dilma Rousseff, cujo modelo forçou ainda mais as tarifas para baixo, mas exigiu investimentos altos na largada.