R$ 10 milhões emprestados pela Prefeitura vão custar R$ 16 milhões

DURANTE os trabalhos legislativos de terça-feira, 13, o vereador Doriedson de Freitas (REDE) detalhou aos demais parlamentares e aos que assistiam a sessão, resposta que recebeu da Caixa Econômica Federal (CEF) ao questionamento feito sobre o empréstimo de R$ 10 milhões que a Prefeitura contraiu junto à instituição financeira.
O projeto que autorizou o empréstimo teve o voto favorável dos vereadores que apoiam o prefeito e, sob o argumento de que seria para pavimentação asfáltica, queimou etapas que um projeto deve percorrer em atendimento aos trâmites, e acabou aprovado sem que o texto contivesse os juros praticados, as parcelas de amortização e quais as vias que seriam beneficiadas. O projeto chegou numa sexta-feira à Câmara e na terça foi a plenário para deliberação.
O termo que o vereador Doriedson utilizou, na oportunidade, de que o projeto teria sido aprovado na ‘calada da noite’, foi a expressão da verdade.
Como dever de ofício, o parlamentar oficiou a CEF para saber os detalhes do empréstimo e a resposta que obteve foi a de que, no melhor dos cenários econômicos, a Prefeitura (quer dizer, o povo) vai ter que pagar R$ 6 milhões de juros. O vereador frisou a informação “no melhor cenário”, porque também pode prevalecer o ‘pior’.
Esse empréstimo, para beneficiar moradores de ruas que não tem pavimento, será pago por toda a cidade, também e inclusive por aqueles que já residem em vias asfaltadas.
Na próxima edição a assessoria do vereador vai esmiuçar, em reportagem do Correio, todo o processo do empréstimo tomado pela Municipalidade.
R$ 5 milhões – Anteriormente o prefeito Antônio Aiacyda, também com a benevolência da maioria dos vereadores, foi autorizado a fazer um empréstimo, que também será pago pela população, no valor de R$ 5 milhões, cujos juros ainda não são de conhecimento público.