QUEM VAI PAGAR? O POVO!

AS QUESTÕES relativas ao Centro Educacional de Mairiporã, de propriedade da Prefeitura, continuam nebulosas. Desde a sua inauguração, em 2009, o prédio apresenta problemas, desde os estruturais até os recursos a ele destinados.
Em novembro de 2016 o prédio foi interditado pela Secretaria de Obras, depois de apresentado um laudo em que foi constatada a existência de inúmeros problemas e que a construção poderia (ou pode) desabar. A partir disso, a Secretaria da Educação, cuja sede era no Centro, foi deslocada para um imóvel de propriedade particular, e desde então os aluguéis são suportados com dinheiro dos contribuintes.
Ação Civil – No final de outubro, o promotor de Justiça Dr. Marco Antônio de Moraes Barros ingressou com uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa contra o prefeito Antônio Aiacyda, contra a ex-secretária da Educação, Leila Ravázio, e a empresa que construiu o Centro, Geração Engenharia.
Segundo o representante do Ministério Público, a obra custou R$ 3,1 milhões. Com o surgimento de problemas antes mesmo da conclusão, foi feito um aditamento em que foram injetados mais R$ 787 mil, montante que o promotor quer que seja ressarcido ao erário.
Na última semana, para surpresa da população, uma empresa foi escolhida para iniciar a reforma do prédio, ao custo de R$ 614 mil. Com esse gasto, o custo final ultrapassará R$ 4,5 milhões.
A população, perplexa, quer saber de onde vão sair os recursos para pagar a reforma. Do bolso do prefeito e da empresa responsável pela construção, ou novamente dos impostos pagos pelos contribuintes?
O mais grave é que a Prefeitura, desde a posse da atual gestão, tem feito o que bem entende. Não só na questão do Centro Educacional, que é gravíssimo, mas também em outras ações prejudiciais ao povo e prejuízos aos cofres públicos: Hospital Anjo Gabriel fechado; Ginásio de Esportes destruído; excesso de imóveis alugados por toda a cidade; ainda agora a iniciativa de se endividar o erário com um empréstimo de R$ 10 milhões e outros exemplos mais.
Algo precisa ser feito e com urgência. O Ministério Público e a Câmara (esta atrelada ao Executivo) precisam intervir e cobrar publicamente que o prefeito dê explicações.